Criar layouts que determinem com clareza o ponto focal da imagem envolve o seu público-alvo e ajuda sua comunicação a conquistar ótimos resultados.

Ponto focal pode ser definido como o que atrai o olhar do espectador em um primeiro momento.

Para onde as pessoas olham assim que têm contato com a sua arte ou fotografia?

Vale ressaltar que ele não é um elemento específico e você pode colocá-lo onde desejar.

O ponto focal pode mostrar-se em uma citação, aparecer em um único elemento com uma cor destoante ou mesmo revelar-se em formas seriadas que denunciam caminhos.

Busque a harmonia e a composição necessária para destacar bem um elemento com designs mais limpos, pontos simples e objetivos bem definidos.

Para “resolver” e organizar bem estas imagens, aconselha-se isolar elementos, testar cores, abusar de espaços brancos e estabelecer hierarquias nos assuntos mais importantes.

Claro que, dependendo do briefing ou da necessidade de comunicação, é impossível estabelecer um único foco.

Imagine, por exemplo, um anúncio de tabloide de mercado que exibe promoções e preços de diversos produtos. Por mais talentoso que seja o designer, a diagramação não conseguirá conduzir o foco do consumidor para algum detalhe específico.

No entanto, e se toda a página estivesse em preto-e-branco e apenas um artigo ou ponto saltasse com cores mais intensas?

Nesse segundo exemplo, teríamos um ponto de foco na imagem, apesar da grande quantidade de informação.

Pena que isso certamente não agradaria muito os fabricantes dos outros produtos.

Confira algumas dicas para evidenciar elementos e determinar os pontos focais de seu layout:

1) Escolha a imagem certa.

Além de valorizar sua criação, selecionar uma boa imagem pode ajudar você a organizar os elementos e a dirigir a atenção das pessoas para o local certo.
Opte por fotografias limpas, nítidas e com harmonia nas cores.
Trabalhe com registros que possuam espaços propícios para aplicação de textos.

 

2) Abuse do branco.

Neutros e quase imperceptíveis, os espaços brancos são coadjuvantes importantes na composição e fortalecem outros assuntos do projeto.
O branco é o momento de respirar, de estabelecer as prioridades da imagem, de definir os espaços.
Imagine uma sala de estar com milhares de objetos. Um ambiente desorganizado e sem espaço para repouso ou mesmo que não permita a movimentação.
A sensação é de um desconforto claustrofóbico.

O branco propõe o contrário. Ele abre os espaços e possibilita que os elementos se destaquem.

 

3) Pesos diferentes na tipografia.

As tipografias ou os arranjos de textos em determinada diagramação podem contribuir para destacar certa passagem do texto ou da frase.
As variações de digitação podem ter diferentes estilos, tamanhos e nuances de cores.
Negritos, itálicos e estilos heavy e strong estabelecem diferentes pesos e valorizam alguns termos.
É possível fazer algo saltar da página também optando por uma segunda ou terceira fonte, mais destoante, que não combine com as demais.

 

4) Ilustrações.

Os desenhos têm grande facilidade de se tornarem o ponto focal da imagem e conectarem a atenção dos usuários.
Vale a pena dividir essa atenção com algum diálogo. Levar o interesse inicial para algo que ele diga, mostre ou aponte.

 

 

5) Siga as linhas e o movimento.

Quando existem linhas bem definidas, o olhar do espectador é conduzido pelos caminhos criados pelo layout.
Outra forma de guiar o olhar utiliza movimentos evidentes ou implícitos com formas ou texturas.
É algo próprio do ser humano. Objetos em movimentos sempre atraem mais. E não poderia ser diferente: movimento é vida.
É mais fácil notar um pássaro que passa voando rente ao lago do que um que repousa quieto no cercado da fazenda.
Devido a isso, composições com fluxos de elementos são sempre mais intrigantes e levam o olhar para um ponto certo e determinado.

 

6) Contraste e composição.

A cor, o contraste e, principalmente, a composição são os responsáveis pela representação de pontos focais claros e bem definidos.
Mesmo com muitos elementos aparecendo na imagem, a maneira como o designer ou criativo constrói a cena e organiza os espaços é determinante para criar os assuntos de interesse.
Aumentar o contraste de um objeto realça a força da imagem e faz com que ela desperte maior atenção.
Por outro lado, usar elementos com menor contraste deixa as cenas mais “lavadas”, com menos assuntos de interesse.
É muito interessante quando o contraste ressalta formas geométricas, arquitetônicas e brinca com jogos de luzes e sombras.

 

7) Setas e triângulos.

Setas e triângulos definem direções e dão dicas de para onde o espectador deve olhar.
Em fluxogramas, todos os elementos regem a leitura e o passeio pela informação.
Nos últimos anos, os polígonos tornaram-se uma tendência forte do design e influenciaram muitos artistas.

 

Conheça bem seu público-alvo

Antes de começar a criar e desenvolver qualquer tipo de comunicação, defina quem é seu público-alvo.

Estabeleça quem pode ter interesse, descubra para quem você quer vender.
Entender os anseios de seus clientes ajuda a desenvolver trabalhos que encantem e prendam a atenção.

Após este ponto, a dedicação vai parar na mensagem.

O que você pretende com a ação? Qual é o objetivo principal? Engajar, informar ou vender?

Com isso em mente, você é capaz de definir com clareza o que precisa e trabalhar para que isso torne-se o foco central da sua peça.