Os avanços tecnológicos transferem tudo para um universo cada vez mais digital. É comum ver artes e projetos que existem apenas virtualmente, que se imprimem apenas em telas de smartphones, tablets e computadores.
No entanto, na contramão de toda esta mudança, há uma legião de pessoas que são apaixonadas e aficionadas por papel.
Leitores que gostam da experiência de consumir livros impressos.
Designers e profissionais de marketing que acreditam na força dos materiais físicos e apoiam suas estratégias na criação de folders, flyers, catálogos, livros, filipetas…
São pessoas que, assim como nós, não vivem sem papel e sem impressões de qualidade.
Todavia, onde será que tudo isso começou?
O que foi determinante na história para o surgimento das gráficas?
A história das gráficas
A gráfica tem uma história que se mistura com diversas áreas do conhecimento humano.
Ela nasceu 3 mil anos antes de Cristo, na civilização Mesopotâmia, e evoluiu gradativamente até as ágeis e avançadas máquinas de hoje.
No início, o processo de impressão fazia uso de estruturas cilíndricas, com imagens esculpidas em barro para marcar gravuras.
Ainda que não existisse tinta ou mesmo papel, o processo representa as primeiras formas de impressão e transmissão de conhecimentos.
A invenção do papel
No século II depois de Cristo, Ts’ai Lun inventou definitivamente o papel com um composto que utilizava peles de animais.
A invenção do chinês passou a ser muito utilizada como pergaminho em registros importantes da sociedade chinesa.
Ts’ai Lun tornou-se, assim, o primeiro grande nome ligado ao mundo das impressões.
Devido à grande durabilidade, os pergaminhos e o papel estimularam a escrita e a impressão. Contudo, foi um pouco mais adiante, com o surgimento dos livros, que a propagação e a transmissão do conhecimento tornaram-se grandes transformadores sociais.
Impressão Woodcut
A viagem do papel da China para a Europa demorou 10 séculos para acontecer. Assim que chegou, o material começou a ser utilizado e difundiu-se pelas cortes reais e instituições religiosas.
Os orientais, principalmente em países como Japão e China, desenvolveram, concomitantemente, as primeiras estruturas de bronze para a cópia de textos impressos no fim do século XIII.
No século XV, foi criado o primeiro material utilizando a técnica woodcut em solo europeu.
O woodcut utiliza a impressão de relevo em texto e imagens esculpidas na superfície de um bloco de madeira. As peças de impressão permanecem niveladas com a superfície, enquanto as peças não impressas são removidas, tipicamente com uma faca ou cinzel.
O bloco de madeira é inserido e o substrato colocado no processo.
As tintas eram basicamente compostas por fuligem de lâmpadas de óleo misturadas com verniz (ou óleo de linhaça). A fixação das impressões acontecia com a fervura do composto.
Esses primeiros passos ou primeiras impressões na história foram determinantes no surgimento das gráficas no continente europeu, o que veio a acontecer em 1436, quando Gutenberg inventou a imprensa com uma inovadora forma de impressão.